dividend yield (DY), ou rendimento de dividendos, é o percentual que determina quanto cada ação ou cota de FII pagou de dividendos ao investidor. 

Os dividendos são um tipo de provento. Os proventos, por sua vez, nada mais são do que benefícios distribuídos aos acionistas (ou cotistas) em forma de dinheiro ou direitos. Quando se trata de dividend yield, estamos falando de proventos distribuídos em dinheiro – que vem do lucro obtido pela companhia ou FII.



Para simplificar, durante a maior parte do texto falaremos dos dividendos sendo distribuídos por ações, mas não se esqueça que os FIIs também distribuem esses proventos devido aos aluguéis recebidos mensalmente. 

Como calcular o dividend yield?

Para chegar ao dividend yield de uma empresa, é preciso calcular a soma dos proventos distribuídos em um período e dividir o resultado pela cotação da empresa antes da distribuição desses proventos. Depois, basta multiplicar o quociente por 100.

Suponhamos que a ação hipotética GORI4 tenha distribuído R$ 5 em dividendos nos últimos 12 meses. Se a cotação dessa ação for R$ 30 (antes da distribuição), teremos o seguinte cálculo: 5 / 30 x 100 = 16,66. Logo, o DY da empresa nos últimos 12 meses equivale a 16,6%. E isso significa que em 12 meses, os acionistas de GORI4 tiveram um retorno de 16,6% do dinheiro aplicado inicialmente. 

Você pode fazer esse cálculo ou encontrá-lo nas páginas de relação com os investidores das empresas.

Tipos de dividendos

Existem dois tipos de dividendos:

Dividendos ordinários: são repartidos de forma recorrente com os acionistas em função dos lucros oriundos das operações da empresa, sem que ocorra qualquer fato extraordinário.

Dividendos extraordinários: são repartidos com os acionistas em função de um acontecimento não recorrente, como a venda de filiais. É um dinheiro extra que entra no caixa e a empresa decide distribuir.

Essa diferença é importante durante a análise do DY para poder entender de onde veio o lucro que a empresa está distribuindo e ter ideia se ele tem potencial ou não de se repetir no futuro. 

Aqui vai um exemplo: uma empresa pode ter vendido várias filiais e ter embolsado lucro significativo. Esse lucro deve ser distribuído aos acionistas e, consequentemente, fará o DY da companhia subir. Entretanto, trata-se de um acontecimento extraordinário, logo, a alta do DY não significa que a boa distribuição dos proventos será frequente.

Como são pagos os dividendos das ações?

A política de distribuição de dividendos é diferente para cada empresa e, até mesmo, de setor para setor. Há empresas que pagam os proventos mensal, trimestral, semestral ou anualmente. Para descobrir a frequência, é necessário avaliar a política de distribuição de dividendos da companhia, que pode ser encontrada, por exemplo, nas atas das assembleias de acionistas. 


Pela lei, as empresas listadas na B3 são obrigadas a distribuir ao menos uma parcela de seu lucro – os chamados dividendos obrigatórios. Nesse sentido, as próprias companhias têm liberdade para determinar o percentual mínimo de lucro a ser dividido com os acionistas. 

É comum escutarmos que as empresas são obrigadas a distribuir, no mínimo, 25% do lucro. Mas, como vimos, isso não é verdade. Trata-se apenas de uma prática comum no mercado. 

Você pode ver o percentual de lucro que será distribuído no estatuto da companhia. Caso não haja menção, significa que o lucro distribuído aos acionistas é de 50%. 

Já quando se trata de FIIs, os dividendos são, convencionalmente, distribuídos todo dia 15 de cada  mês. Isso porque os rendimentos advêm dos aluguéis mensais dos imóveis. 


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