1- No início do ano, observamos uma alta entrada de recursos estrangeiros, o que impactou positivamente alguns papéis, em especial aqueles com maior liquidez. Para se ter uma ideia, o saldo dos investidores estrangeiros em 2022 está próximo ao saldo de 2021 (87 bilhões de reais aproximadamente até agora, contra 102 bilhões de reais no ano passado). Somado a isso, o Índice Bovespa tem alta exposição a commodities e, com as restrições de oferta impostas pela guerra na Ucrânia, também acabamos tendo uma valorização — apesar de toda a situação trágica, o Brasil acaba se beneficiando deste cenário.

2. Por outro lado, um dos motivos pelos quais as Bolsas lá fora não estão performando bem é o medo dos investidores em relação à alta de juros, especialmente nos EUA. Como já passamos por um aumento de juros relevante aqui, no Brasil, desde o ano passado, acabamos ficando mais protegidos em relação a esse tema, pois nosso diferencial de juros está alto em relação à média global.


3- E tem mais. Com CDI elevado, o investimento em renda fixa vai ficando cada vez mais atrativo para os investidores e também chama a atenção para a entrada de recurso externo. Com o maior fluxo de capital gringo, o real vai se valorizando e o dólar vai perdendo força. Em linhas gerais, juros e escalada de commodities vêm atraindo os estrangeiros e colocando pressão sobre o dólar.

4- A inflação também já era algo que estava pegando, e o aumento de custos fica cada vez mais presente como um ponto de atenção. A consequência disso é que os juros devem continuar em um movimento de ascensão, tanto aqui quanto lá fora.

h3 Considerações finais/h3

É claro que não é só sair investindo em qualquer coisa, sempre avalie as alocações que te deixam mais confortável em cada tipo de estratégia. E quando o assunto é Bolsa, o importante é fazer uma análise caso a caso


.